domingo, 29 de agosto de 2010

A companhia compra-se


Editei o precurso rotinal que latejava sonoramente aqui.
E procurei e descobri e encontrei o que não esperava que esperasse.
Caí no mesmo contínuo erro de esbofetear a calma e perdi-me no meu rápido mar de emoções.
Encontrei o que queria. A atenção necessária para fazer o meu espectáculo.
Mas esqueci-me dos ensaios...
Cheguei ao fim na expectativa de ter mais para dar e na mesma ilha de remorso descobri que nao tinha.
Então deixei-me levar na onda de companhia segura, raras vezes conseguindo encontrar algo brilhante outra vez.
Mas pela vigésima quinta ( e meia) vez tive de comprar o momento.
A companhia compra-se e a amizade contrói-se com base nessa compra.
É por isso que nós assassinamos tudo com vida.
O meu maior defeito vai-se revelando cada vez mais prejudicativo.
"Temos de ser pacientes.
Mas eu não posso parar de chorar quando penso que o deitaram no frio da terra."

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Razão (in)razoável


Não sei o que significam estes pequenos meteoros que flutuam na minha mente.
A razão é algo que se adquire formalmente, mas tudo tem os seus necessitados prismas.
Tenho fardos e identifico-os sempre diferentes.
Há um certo que se transforma em errado e acontece um descontrolado vice-versa.
Mas continuo a odiar a vida tanto quanto a amo.
Tudo são momentos e é esse o errado que está certo.
Se não há certezas, quais são as crueldades?
O tempo inexistente é que responde correctamente às mentiras que inundam as verdades.
Sinto. Vejo o que devo sem dever.
Sinto. É tudo sentido interiormente nas modestas cores que viajam sem discussões.
Há.
Sou uma espectadora e uma participante tão activa quanto inactiva.
Receio.
Os fantasmas ouvem e têm as suas conformadas opiniões.
Amo.