terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Fascínios

Vivo de fascínios.
O meu temperamento alimenta-se daquilo que me fascina diariamente, e é só por isso que vale a pena viver.
Uma coisa só pode ser fascinante de estiver minimamente distanciada e é isso que torna tudo tão falso.
Que primitivo tudo é, baseando-se em utopias visuais que formam uma ilusão.
O amor é um fascínio.
A amizade é um fascínio.
A companhia é um fascínio.
A sociedade é um fascínio.
O dinheiro é um fascínio.
A cultura é um fascínio.
O teatro é um fascínio.
Vivemos de fascínios que nos iludem magicamente.
O amor é uma ilusão.
A amizade é uma ilusão.
A companhia é uma ilusão.
A sociedade é uma ilusão.
O dinheiro é uma ilusão.
A cultura é uma ilusão.
O teatro é uma ilusão.
E nós que somos tão mais instintivamente animais do que pensamos.
A carne é o que torna as ilusões reais.
O resto, é retórica minimalista.
Continuarei fulminando o real.
Vivo de fascínios.