domingo, 2 de maio de 2010

Procura Eterna


Hei-de seguir e procurar e sair frustrada e sei que nunca encontrarei.
Sairei desta procura eterna no dia do juízo final e jurarei não cometer rotina!
Viajar é uma palavra diminuta. Não viajo. Vivo. E a constante de outros povos e dessa surrealidade extremista é o que me faz escorrer lágrimas de anseio. Puro anseio.
Procuro viver, procuro ser todos os dias uma Ana diferente. Procuro ser o que não sou e exprimir o que sou.
Hei-de sempre procurar o limite do pior e do abusivo. Hei-de sempre procurar o crime e a minha actuação primitiva.
Mas apesar de desejar tão ostensivamente tudo isto, tenho um medo sombrio das minhas próprias mãos.
Apavoro-me com os meus sonhos e a minha obcessiva tendência para os extremos.
Reconheço o irreversível.
Continuarei a minha Procura Eterna.