segunda-feira, 29 de novembro de 2010

tenho saudades tuas...

Não queria nada voltar a passar o que passei
Não tenho saudades nenhumas do que passei
Mas tenho tantas saudades tuas

domingo, 21 de novembro de 2010

Plásticos

Sociedade mesquinha que se alimenta de preconceitos.
Rejeito-os e vivo neles.
Andarmos despidos e protejermo-nos do frio com mantos.
Antigirmos o amor puro.
Não sermos identificados com rótulos de um cartão bege de plástico.
O plástico do B.I. é o que nos envolve como pessoas.
Somos plastificados à nascença.
Morremos, e renovam o nosso plástico.
Unicamente por mera estupidez.
Devoradores de preconceitos.
Não há Homens, há Plásticos.
A mente quer fugir.
Raciocíno para o lado oposto.
Sou naturalmente optimista mas o pessimismo parece-me necessário.
Esperei tanto por isto.
Queria situar-me assim.
E agora estou incógnita, parada.
Desejo a energia e aura que sei que não sei se tive.
Quero restaurar-me e aproveitar-te para isso.
Mas impede-me constantemente o não sei quê de imagens, sons...
Queria divertir-me, jogar e brincar contigo.
O que é que não é?
Desenvolvo, estagno ou retraio-me?
E aí vou eu...
Olá sofrimento inevitável.

Oculta

Minúsculos enfermos rodeiam e penetram e encerram os meus olhos.
Sou uma câmera oculta de corpo, voz e nada.
Gigantes vermes da pura energia matinal inexistem e coabitam e empurram a minha boca.
Sou uma representante de enigmas, contradições, lógicas.

Posso?

Posso desconcentrar-me da desconcentração?
Posso poder revoltar-me como parece?
Posso fugir da tristeza que me persegue?
Posso fazer amor com a vida?
Posso olhar para ti e ver-te ver-me?
Posso gostar daquilo desprezando?
Posso voltar a ser um íman de vida?
Posso ter prazer com o prazer?
Posso amar e revoltar?
Posso parar de pensar em amor?
Posso conseguir?
Posso poder?
Posso?
Contradiz-se a palavra sozinha...

sábado, 20 de novembro de 2010

Desarrumação

Quanto melhor corre. Quanto melhor é.
Eu não consigo ficar bem! Melhor. Bem.
Dói. Tanto.
Não sei o quê. Não sei onde.
Só queria que corresse bem e fosse melhor aqui.
No sítio onde ninguém vai.
Para onde ninguém viaja.
Nem eu viajo...
eu procuro e navego e perco-me.
Que desarrumação!