As horas são tormentos que ficam
As horas, que prosperam, magoam
Horas são as que brilham num baço olhar velho
Vêm conjuradas num balanço em que vejo as flores dinamizadas
túlipas narcisos assussenas leves
criadas na matemática vigilante
que entristece na noite pálida
As horas, aquelas malditas horas
que me obrigam a enfrentar a minha ridícula realidade
Vai-te
Sume-te daqui hora estúpida
acolhe-te na tua crua verdade desdita
Sou capaz de implorar:
Horas, saiam!
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