De que servem esses arrojados benfeitores?
Se lamento a existência sou um adolescente em crise ou um poeta reformado.
Se lamento a utopia de gerações sou um velho esmifrado de certezas incertas.
Se lamento a genialidade das mentes sou um pseudo intelectual frustrado.
E o que sou e o que lamento no final? As intenções exigidas serão prantos de agonia adversa?
As linhas correm-me como me escorre a água pela goela abaixo. Toda certa e toda avançada de tristeza por inquietação.
Lamentarei tudo, e só o nada poderá vir de encontro a mim.
Viverei em constante desalento de lamentações por negar o meu próprio lamento.
Assim serei a mais feliz das espécies, representando a minha pela beleza de carácter.
Vejo-me assim neste espelho de contradições sem fim. Infinitas vezes traindo-me nos meus princípios principais.
E lamento a única linha: Eu.
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