domingo, 15 de novembro de 2009

Gaivota


Olho as penas de uma gaivota defunta e vejo nelas o desejo de paz.
Ela está feliz, ali, caída, olhando a terra sem a ver.
Invejo-a por poder olhar a beleza e não ver a distorção em que viveu.
Porquê esconder os defuntos longe do olhar humano quando o único momento feliz que eles podem ter é esse? Olhar o mundo sem o ver...
A gaivota voa pela primeira vez. Agora sim, ela pode ter direito à liberdade que corresponde à verdade.
É a prima sorte.

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