segunda-feira, 8 de março de 2010

(imensamente) Chuva


Se me encontro resguardada no (imensamente) meu peculiar refúgio, sinto a música que esta chuva me faz encontrar.
Admito a sua fraqueza, mas venero-a no seu esplendor, quando atinge o clímax.
Esmagadoramente revejo-me nela e crio expectativas ensurdecedoras...
Atira-me com a vegetalização atmosférica que presencia e faz-me desejar um abraço seu...Mas vem tão enfurecida que recuo.
Recostada no leito, entronizo esta bem-amada aventureira mas relambória habitual.
E observo a caterva de gotas tingidas de um bordeaux preliminar.
No meu casulo desenho três lágrimas de aflição.
Resta regozijar-me no pranto...
Rendo graças por me embalares querida chuva!

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