segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Cobardia de Romance


Conspurcadamente me traiu. Ele ou você, esse mal em que tanto desejo entrar.

Porque me fez o que eu desesperava? Por eu o manipular de incerteza?

Assim ele que venha a entrar em mim, estás convidado ó anjo de beleza traidora.

Tenho que limpar o fruto que assim me olhas sensualmente. Mas porque continua ele a olhar-me assim?

Nem distingo o pudor sensual da imposição sexual.

Serão os meus lamentos interiores um simples capricho de conexões carnais?

Oxalá fosse você, o meu menino, que me detivesse como princesa.

Mas continuaste a desprezar-me. Fá-lo e nunca pares.

A minha humilhante ideia faz-me querer que me odeies. Que não me olhes apaixonado. Olhe-me só eterno. Mas vazio.

Retoma o efémero vinil de saudade.

Ah, saudade é o mesmo que mentira.

Se ao menos a mentira não fosse tão próxima do desejo.

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